quarta-feira, 22 de abril de 2009

Amor Eterno.


Precisava chegar até esse teclado hoje, nem que fosse muito tarde...como realmente é...nem que fosse esgotado...e cheguei! Infelizmente não por estar muito feliz, ou louco pra contar alguma coisa pra alguém, mas por estar afim de ficar na minha casca, na moita, ilhado! Estou triste...reflexivo, revoltado com a vida talvez! Na verdade vinha sozinho na escuridão da estrada pisando tudo que dava e que não dava no carro...só de raiva! Estava pensando no sentido da nossa existência, no sentido de amar alguém, de querer bem...porquê das idas, porquê das vindas, porquê tenho achado que a vida é uma passagem somente, como se na verdade ficar vivo por esse tempo aqui fosse só um treinamento ao desapego, mas poxa, não é o contrário?! Nós não devíamos amar e amar a todos!? ao próximo, aos familiares, aos amigos....a todos!? Falo que estamos treinando o desapego por quê do nada, uma página vira, um destino se refaz, se desfaz, e aquilo que era deixa de ser! O que não era vira real, e a gente segue treinando, apegando, sofrendo, amando, se despedindo...simplesmente, porque não temos opção! Somos ínfimos perante a vontade de deus...não adianta andar a 200, berrar, sapatiar...é assim, e deu!! Ao mesmo tempo que estou conhecendo alguém realmente digna de ser amada, hoje, pararelamente, uma página maravilhosa da minha vida virou, uma pessoa que eu amo, demais, deixou de ser, mas não de existir, do jeito que era. A partir de hoje, terei de viver outra realidade, da minha vida, da vida dessa pessoa que eu amo! Vou pra cama agradecendo a Deus, pelo tempo que ainda terei minha vó comigo, pelo tempo que eu ainda vou poder passar na frente da casa dela de madrugada bebum, falar pros meus amigos que a minha vó mora ali e saber que ali tem um porto seguro e um amor incondiconal por mim...Seja do jeito que for, eu estarei imensamente feliz de tê-la aqui, presente, ainda que não fale comigo mais, ainda que ela não me xingue mais porque cheguei muito rápido de carro na casa dela, ainda que ela não me convide mais pra tomar café lá (porque estou muito magrinho e fraco, isso desde que eu tinha 3 meses), ainda que não possa mais levar ela pra gente fazer aqueles ranchos gigantes no unidão, ainda que ela não me chame de canto pra perguntar se eu to gostando de alguma menina, ainda que ela não possa mais ir caminhando comigo almoçar fora na esquina de casa, ainda que ela não possa mais fazer aquele arroz requentado no micro que só ela sabe fazer pra mim, ainda que a gente não possa mais tomar uma long neck de ceva escondido dos outros por causa dos remédios pro coração, ainda que a gente não possa mais falar mal dos netos das outras vovós amigas dela (essa é in off vó), ainda que eu não possa mais levar ela pra pôr flores em tudo que é cidade no dia de finados, ainda que a gente não consiga mais chorar juntos e recordar minha infância se abraçando, ainda que eu não possa mais sentir o constrangimento dela me apresentar pras pessoas como o mais lindo dos netos do mundo, ainda que não tenha mais chima garantido final de tarde na semana, ainda que eu não tenha mais que reservar uns dias do veraneio pra visitar ela no apartamento de capão, ainda que eu não possa mais elogiar ela quando se arruma pra sair e fica linda, ainda que nada disso mais ocorra, ainda que hoje isso pode ter virado lembrança gostosa da felicidade que vivi, eu vou dormir chorando, mas muito grato por ainda poder te ter aqui comigo! Vó, te juro amor eterno! "Se acabou não era amor, todo amor é eterno"...e é mesmo, esse amor, nem depois que eu me for, deixará de existir.

Um comentário:

Anônimo disse...

putz, sinto muitooo!